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Estado angolano entre os piores a prestar serviços digitais

Angola está classificada como o 38º país com o pior serviço digital prestado pelo Estado, de acordo com o o digital prestado pelo Estado, de acordo com o indice de Desenvolvimento de Governo Eletrônico (EGDI) de 2024, publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O país ocupa a 156ª posição entre 193 nações avaliadas, integrando o grupo de Estados com desempenho considerado médio na escala global.

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No contexto regional, Angola está na 11ª posição entre os 16 países que compõem a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Apesar de estar à frente de alguns vizinhos, como Moçambique, o desempenho angolano destaca-se negativamente, refletindo lacunas significativas na digitalização dos serviços públicos.

Principais desafios enfrentados

Embora o governo tenha implementado iniciativas relevantes, como o lançamento do Portal dos Serviços Públicos Eletrônicos (SEPE) e a criação do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), há limitações evidentes na eficiência e abrangência dos serviços digitais. O SEPE, por exemplo, permite a realização de atividades como consulta ao Número de Identificação Fiscal (NIF), agendamento de consultas médicas e solicitação de benefícios sociais. Contudo, muitos desses serviços enfrentam problemas técnicos, lentidão no processamento de dados e falta de integração com outros sistemas governamentais.

Além disso, a maioria dos serviços do Estado ainda é oferecida de forma analógica, exigindo a presença física dos cidadãos em repartições públicas. Essa situação compromete não apenas a conveniência, mas também a transparência e a eficácia administrativa. Entre os principais desafios estão a falta de infraestrutura tecnológica adequada, conectividade limitada em áreas rurais e a necessidade de maior capacitação dos funcionários públicos.

Propostas para melhoria

Para melhorar o desempenho no índice da ONU e, sobretudo, oferecer serviços públicos de qualidade aos cidadãos, é fundamental que Angola invista em infraestrutura digital e expanda o acesso à internet em todo o território nacional. Programas de capacitação para servidores públicos também são necessários, garantindo que os sistemas sejam utilizados de forma eficiente e integrada.

Outra iniciativa relevante seria a criação de parcerias com o setor privado para impulsionar soluções tecnológicas inovadoras. Ademais, a implementação de uma política nacional de governo eletrônico mais abrangente e inclusiva pode contribuir para a modernização dos serviços, tornando-os mais acessíveis e transparentes para a população.

Em resumo, apesar de avanços pontuais, Angola ainda enfrenta barreiras significativas para oferecer um serviço digital de qualidade. Investir em soluções tecnológicas e na modernização administrativa é essencial para que o país melhore sua posição nos próximos rankings e, principalmente, atenda às demandas da população em um mundo cada vez mais digital.